A pequena sala localizada à esquerda de quem sai do Plenário Barbosa Lima Sobrinho, no Palácio Tiradentes, guarda em sua arquitetura com lambris de imbuia e mobiliário em estilo eclético muitos segredos políticos. A decoração nos leva de volta ao passado da exuberante década de 20. A sala, chamada de “Furna da Onça”, foi projetada para a realização de rápidas reuniões de parlamentares durante as sessões e também para receber convidado.
Por que furna? E onça? Quem teria batizado a sala? Há quem diga que a onça só deixa a sua toca ou furna por necessidades básicas de sobrevivência, e, por isso, a sala, sendo um local das mais influentes discussões entre os deputados, também serviria para um último bate-papo antes da decisão de um voto, por exemplo. O nome se deve à expressão “tá na hora da onça beber água”. Assim, quando os deputados queriam discutir de forma acalorada, acabavam indo para a sala.
Em 2018, o espaço mudou o nome, por determinação da então presidência da Casa, para Sala de Assessores por conta das investigações de uma nova fase da “Operação Lava-Jato” que denominaram de “furna da onça”.
Por Symone Munay