Música no Museu: Duo apresenta resgate do choro

Canções de músicos brasileiros imortalizados – como Pixinguinha, Ernesto Nazareth, Jacob do Bandolim, Chico Buarque e Heitor Villa Lobos – encheram o Salão Nobre do Palácio Tiradentes na noite desta quinta-feira (08/09). O duo Marco de Pinna e Marcos Guida, respectivamente, no bandolim e no violão de sete cordas, apresentou um resgate do choro desde seus primórdios até os dias atuais. No repertório, clássicos como ‘Carinhoso’, ‘Nostalgia’ e ‘Choro Bandido’.

Valsa e tango também tiveram lugar no concerto, com direito a uma composição original de Pina: ‘Campista’. Os artistas se conheceram na faculdade, há mais de vinte anos. “Fazemos juntos há muito tempo essa preservação da música popular brasileira, no Brasil e no exterior”, contou Pina. “Executar canções de artistas tão importantes é uma responsabilidade muito grande. A gente procura fazer algo bacana e agradar o público”, disse Guida.

A apresentação faz parte do Música no Museu, no mês de homenagem aos ‘Imortais da Música Brasileira e os Gênios Internacionais’. Criado em 1997 para popularizar a música clássica no Brasil, o projeto consiste em concertos gratuitos em museus, centros culturais e outros prédios históricos do Rio de Janeiro. Atrai um público anual de cerca de 60 mil pessoas. Na Alerj, tem a parceria da Subdiretoria-Geral de Cultura.

Os músicos

O bandolista Marco Pinna é professor, diretor, compositor, arranjador e solista. Foi um dos fundadores do Nó em Pingo D’água, grupo que venceu o terceiro Concurso de Conjuntos de Choro na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Formou o conjunto Vibrações e atuou no final da década de 1990 como professor e orientador de música popular brasileira nos Estados Unidos. Gravou o LP Chorinho Diferente, com participação dos maestros Radamés Gnattali e Orlando Silveira. Foi solista do CD Pixinguinha e gravou o CD Velha Guarda da Mangueira.

Marcos Guida é economista por formação. Seguiu o caminho musical sob a batuta de Jorge Simas e Voltaire Muniz, seus grandes mestres. Fez parte de grupos de choro e de samba, como Teia de Aranha e Feitio de Oração, com diversas apresentações em locais destinados à apreciação da música brasileira.

Por Symone Munay

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