História

PALÁCIO TIRADENTES

Através da História

O terreno onde está o Palácio Tiradentes, sede histórica da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), é um sítio histórico que guarda – desde os tempos do Brasil Colônia – grande parte da memória política do Brasil. O primeiro edifício ali construído foi por volta de 1640 e serviu para abrigar os primeiros três vereadores eleitos. O voto era indireto e o mandato durava apenas um ano. Cabia a eles cuidar da cidade e das finanças públicas. Todo o dinheiro arrecadado ficava guardado em um cofre chamado “burra”, que só podia ser aberto por três chaves: cada uma ficava com um vereador.

No andar abaixo do cofre público ficava a cadeia da cidade que ficou conhecida como a “Cadeia Velha” ou “Cadeia da Relação”. Foi lá onde o alferes Joaquim José da Silva Xavier – Tiradentes, ficou preso durante três dias antes de ser enforcado em 21 de abril de 1792.

Preso de 10 de maio de 1789, numa casa na Rua dos Latoeiros, atual Rua Gonçalves Dias, Tiradentes foi imediatamente levado para uma fortaleza na Ilha das Cobras, permanecendo ali quase três anos, exatos 1.072 dias. Saiu em 17 de abril de 1792, para a “Cadeia da Relação'', demolida para dar lugar à Câmara dos Deputados, e depois, ao Palácio Tiradentes (PEREIRA, 2010).

Somente em 1922, já em situação muito precária, a edificação da velha cadeia é demolida para dar lugar a um grande palácio, cuja arquitetura lembra muito o Grand Palais de Paris.

Projetado em estilo eclético por Archimedes Memória e Francisco Couchet o Palácio Tiradentes é inaugurado em 6 de maio de 1926, e, passa a abrigar a Câmara federal que ali funcionou de 1926 a 1960, tendo recebido para a posse todos os presidentes do período: de Washington Luiz a Juscelino Kubitscheck.

De 1937 a 1945, durante o Estado Novo, o Parlamento foi fechado pelo presidente Getúlio Vargas e no Palácio Tiradentes passou a funcionar o Ministério da Justiça e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), órgão de censura do regime.

Em 1960, quando da transferência da capital do país para Brasília, o Palácio Tiradentes abriga a Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara (ALEG), que 15 anos depois, com a fusão dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, passa a se chamar Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).

Hoje em dia, detalhes dessa rica história podem ser conhecidos através de uma Visita Guiada onde o visitante pode acompanhar passo a passo os acontecimentos que marcaram o surgimento da suntuosa edificação e descobrir que não está apenas caminhando por um importante marco arquitetônico carioca. O visitante estará conhecendo o mais importante referencial da democracia brasileira.

As escadarias do Palácio Tiradentes não só abrigaram manifestações políticas e de protestos. Ao longo dos últimos anos, desde a concepção da do projeto da visita guiada (1998), esteve à disposição do público como palco para espetáculos culturais como danças, arte dramática e música.

Do mesmo modo, suas galerias, corredores, o plenário Barbosa Lima Sobrinho e o salão nobre estão abertos aos visitantes, turistas – nacionais e estrangeiros – que encontram no ali um espaço alternativo para a expressão da arte e do entretenimento. Visite-o!

Bibliografia: PEREIRA, Robson. A História dos últimos dias de Tiradentes. Consultor Jurídico. 2010. Disponível em: Site.

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Desde os tempos do Brasil Colônia, o Palácio Tiradentes é um lugar histórico que guarda um grande pedaço da memória política do Brasil.