ALERJ CELEBRA 51 ANOS DO MOVIMENTO HIP HOP NAS ESCADARIAS DO PALÁCIO TIRADENTES

Em comemoração aos 51 anos do movimento Hip Hop, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou nesta terça-feira (03/09) evento nas escadarias do Palácio Tiradentes, sede histórica do Parlamento fluminense, que incluiu exposição de grafite, batalha de rima e uma série de atividades que celebraram esse tipo de cultura popular e toda a sua diversidade. A iniciativa foi organizada numa parceria da diretoria de Cultura da Casa e a Frente Parlamentar da Alerj em Defesa do Hip Hop, presidida pela deputada Dani Monteiro (PSol).

A exposição, sob a curadoria de Marcio Graffiti, um dos pioneiros do grafite no Rio de Janeiro, apresenta trabalhos de 10 artistas, incluindo Scrau, Ramon Lid, Mamuska, Rongo, Bruno Brol, Lu Brasil, Mais Alto, Mano Beiço, Negra Graffiti e Marcio Phor. A "batalha de breaking" contou com a presença do MC Stal como anfitrião, trazendo à tona a energia vibrante do hip hop.

Dani Monteiro ressaltou a importância da exibição de todos os elementos do hip hop no evento: “A gente hoje conseguiu trazer o break, a discotecagem, a produção do beat que alimenta o letrista e o MC que cria a poesia. E, claro, o elemento fundamental: o conhecimento. O hip hop liberta mentes e constrói novos futuros possíveis através da arte, da cultura e do posicionamento social”, comentou a parlamentar, que é autora de leis como a que cria o Programa Estadual do Hip Hop nas Escolas (Lei 10.180/23) e a que declara as rodas culturais e batalhas de rima como Patrimônio Imaterial do Estado do Rio.

JP Black, coordenador do projeto Street Flow, destacou a importância do hip hop na vida dos participantes do movimento: “É uma conexão única, uma verdadeira ponte de conhecimento. Quando realizamos um encontro com MCs, B-Boys, DJs e Graffiti, as pessoas se conectam com o evento, com a cultura, e isso já é um grande benefício”.

Clayton da Silva Gonçalves, também conhecido como b-boy Tevez e professor de break no projeto Break Social Brasil, no Centro de Movimento Deborah Colker, compartilhou como o hip hop transformou sua vida. “Além de ser um estilo de vida, uma cultura e modalidade olímpica, é também a minha profissão. Esses espaços abriram portas para mim como professor e venho desenvolvendo esse trabalho com muito orgulho há muitos anos. Aliás, estou completando quase 20 anos de caminhada no break, então é uma trajetória longa e cheia de aprendizados", contou.

Dia do Hip Hop

A data virou um marco na história do Movimento Hip Hop a partir de 11/08/1973, quando os irmãos Cindy Campbell e Kool Herc, nascidos na Jamaica, uniram na mesma festa os quatro elementos que juntos formariam e caracterizariam o hip-hop a partir de então: grafites (assinaturas), rap (ritmo e poesia), DJ's, MC's e street dance (dança de rua).