A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), por meio da Escola do Legislativo (Elerj), realizou nesta terça-feira (05/09) seminário com o tema “Independência e Modernismos: Discutindo 200 anos de Estado Brasileiro”. A iniciativa teve como objetivo celebrar – numa interface da educação legislativa com a cultura, a política e a história - datas importantes, como a Semana da Pátria, o Centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e o bicentenário nacional da fundação do Poder Legislativo, ocorrida no Estado do Rio de Janeiro.
De acordo com a Diretora da Elerj, Adriana Mota, a participação do Legislativo nos debates sobre temas atuais e históricos é fundamental. Segundo ela, o debate de assuntos pertinentes à sociedade integra o planejamento da escola e fará parte da programação mensal da Elerj.
“Nós temos pensado em abordar, a cada mês, assuntos que nos são fornecidos pelo próprio calendário. Em março, falamos na questão das mulheres, no mês passado abordamos o aniversário da Elerj e, também, falamos sobre o enfrentamento à violência contra a mulher pelo Agosto Lilás. Este mês de setembro, vamos debater assuntos com foco na Independência”, explicou.
O professor da Elerj, Douglas Liborio, destacou a importância do debate e apresentou um panorama sobre a cronologia dos festejos históricos relacionados à Independência do país. “Está sendo um debate bastante necessário e parabenizo a Escola pela iniciativa, pois convidamos pesquisadores que produzem conhecimento sobre este tema. Portanto, essa responsabilidade está sendo cumprida na inclusão de temas pertinentes, haja vista que contamos atualmente com a maior bancada feminina da história da Casa, trazendo, por exemplo, muitas vozes da cultura, das mulheres, do Nordeste do país, descentralizando narrativas tradicionais e enriquecendo os debates”, afirmou.
Palestras
O ciclo de palestras contou com a presença dos historiadores Rafael Cuppelo, Luciene Carris, Luciana Pessanha Fagundes, além de Libório. Em sua apresentação, Luciene Carris abordou o tema “As mulheres e a luta pela independência”, em que citou algumas heroínas historicamente esquecidas pela História como, por exemplo, a Abadessa Joana Angélica, assassinada por tropas portuguesas; Maria Quitéria de Jesus, que se alistou como soldado para lutar pela Independência do Brasil; Maria Graham, escritora britânica que escreveu o livro “Diário de uma viagem ao Brasil”, no qual conta também a participação fundamental de Maria Felipa de Oliveira, ex-escravizada, pescadora e marisqueira da Ilha de Itaparica, que, também participou ativamente na luta pela Independência do Brasil.
“A passagem do Bicentenário da Independência é uma oportunidade para redimensionarmos a trajetória dessas grandes mulheres”, destacou a historiadora.
As palestras, realizadas em formato híbrido, trataram dos temas “A independência brasileira a partir de Caldeira Brant nos Negócios Exteriores do Império do Brasil”; “Modernismos Musicais e Músicos Negros” e as “Comemorações da Independência”.
Por Comunicação/Alerj