Visitar o Palácio Tiradentes é fazer um passeio pela tradição
parlamentar brasileira. Graças ao projeto da Visita
Guiada, o público pode acompanhar passo a passo todos os acontecimentos importantes que marcaram
a existência da
edificação inaugurada em 06 de maio de 1926. O visitante vai descobrir que não está apenas
caminhando por um
respeitável marco arquitetônico da “Belle Époque” carioca, mas também pelo mais importante
referencial da
democracia brasileira. Não é só uma visita turística, é também uma aula de história do Brasil no
espaço onde ela foi
protagonizada.
O passeio pelo palácio começa no saguão Getúlio Vargas, conduzindo o público ao nosso passado de
colonização,
quando o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes*,* foi preso no então edifício
conhecido como “Cadeia
Velha”. Mais tarde, este mesmo lugar foi utilizado pela Assembleia Geral Legislativa do Império,
em 1823.
Porém, o tempo parece avançar pelos longos corredores em piso de mosaico francês sob as
narrações dos guias até a
Proclamação da República, em 15 Novembro de 1889, e a instalação da nova Câmara dos Deputados,
agora
republicana, no prédio da velha cadeia.
O público é levado ao ano de 1922, marcado pela demolição do velho prédio cujo terreno daria
espaço, em 06 de
maio de 1926*,* ao Palácio Tiradentes. O edifício se tornara então
a Câmara dos Deputados Federal, passando pela
mudança da capital do Brasil para Brasília, em 1960, depois pelo surgimento do novo Estado do
Rio de Janeiro, em
1975, com a fusão do estado da Guanabara, quando finalmente o Palácio Tiradentes
se transforma na sede da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).
O visitante então é levado para a suntuosa escada de mármore e ônix africano rumo ao Salão
Nobre. Este salão era o
local de comemorações de posses presidenciais do Brasil e de recepções de autoridades até 1960.
O teto deste salão
tem formas de arcos e abóbadas, com tons de marfim velho e toques de ouro, com painéis em
pontilhismo evocando
feriados republicanos.
Nos extensos corredores, o visitante é convidado a refletir sobre a história do país com o
quadro chamado “Primeiro
Capítulo da Nossa História”, pintura feita por Aurélio de Figueiredo em 1901, e em seguida nas
maquetes do suntuoso
Palácio Tiradentes que exemplificam as distinções entre períodos da
Monarquia (1822 a 1889) e a atual República.
No segundo andar, a Biblioteca Maria Portugal Duque Costa possui um acervo de cerca de 60 mil
livros e
publicações, sendo referência em literatura legislativa do Brasil e do Rio de Janeiro, além de
encantar os visitantes
com sua beleza mobiliária decorada por cristais bisotados nos armários de madeira imbuia.
O Plenário Barbosa Lima Sobrinho é a última parada, local que protagonizou momentos históricos e
a aprovação de
leis importantes para o estado do Rio de Janeiro. A cúpula é o ponto alto do local, composto
pelo grandioso vitral e, à
sua volta, oito pinturas que remetem à cronologia da nossa história, que vai do descobrimento do
Brasil até a
proclamação da República.
Venha fazer a Visita Guiada!