*DETALHES DE UM PALÁCIO: A cúpula

Com 350 toneladas e medindo 12 metros de diâmetro a cúpula do Palácio Tiradentes, antiga sede da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ)  é tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).  Seu vitral reproduz o céu do Rio do Janeiro às 9h15 do dia 15 de novembro de 1889, momento exato da proclamação da República do Brasil.

São oito  telas que retratam "A evolução política brasileira" (telas maiores) e a "Formação territorial nacional" (telas menores). São representações da chegada da Esquadra Portuguesa, em 1500, comandada por com Pedro Álvares Cabral, a Proclamação da República. Além da visão externa da cúpula cada detalhe da obra dos irmãos Rodolpho Chambelland e Carlos Chambelland, pode ser observado com clareza do interior do plenário Barbosa Lima Sobrinho.

Durante a última restauração  -  que levou um ano e meio entre 2015 até maio  de 2017 -  a peça foi dividida em quadrantes, como um grande quebra-cabeça. Neste período de restauração, uma imensa lona branca recobriu todo o espaço. Seus componentes foram retirados de só uma vez, e foram recuperadas no atelier do vitralista Luidi Nunes que contou com a colaboração de 12 profissionais.

O restaurador

Com 45 anos de profissão, Luidi é considerado a maior referência no Brasil na recuperação e criação de vitrais, sendo 1.500 painéis de sua autoria. Os vidros superiores da cúpula foram trocados e a estrutura de sustentação foi reforçada com hastes de metal horizontais. "Corrigimos ainda um problema do projeto original. É extraordinário poder devolver uma peça histórica ao seu local de origem. Acreditem, agora a cúpula está pronta para durar uns 80 anos ou mais", disse ele naquela ocasião.

Por Symone Munay

Fotos: Comunicação/Alerj