
Em 1987, ao lado da sala 207 do Palácio Tiradentes foi afixada uma placa referente ao Congresso Nacional Africano (ANC). O objetivo foi homenagear o ativista anti-apartheid Stephen Bantu Biko (1946-1977), dez anos depois de sua na África do Sul quando estava sob a custódia de autoridades policiais. O ativista que lutou entre as décadas de 60 e 70 passou a ser considerado um mártir após seu fim brutal. Preso em 18 de agosto de 1977, Biko foi interrogatório por 22 horas e morreu decorrente da tortura e espancamento, um mês depois.
Inspirado nos ideais e luta de Biko, foi fundado em 31 de julho de 1992, no Pelourinho, em Salvador (BA), o Instituto Cultural Steve Biko( ICSB), obra da ação inovadora de jovens militantes negros e negras que criaram o primeiro curso, no Brasil, destinado a formação política e preparação sistemática de estudantes negros(as) para acesso às universidades. Considerado até então o "primeiro Quilombo Educacional do país".
Vale ressaltar que, Biko faz parte da memória política da África do Sul e da memória cultural do Ocidente.
Por Symone Munay